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Quinta-feira, 19 de Março de 2009
RITA BONAPARTE - Outono/Inverno 2009

MY TRASH TRASH ME!!!

 

Tarde de chuva brindada de beleza, que me hipnotizou em frente à janela no meio de palavras contagiantes, acompanhadas ao som líquido de gotas ritmadas… Re-use… Ping! Re-cycle… Ping! Up-cycle… Ping! Ping! Down-cycle… Ping! Tarde de chuva, que me deu um tesouro: a vontade de fazer mais pelo mundo, por mim, por nós… A reciclagem não seria o mote de uma linha, seria uma filosofia, teria o papel principal no palco da minha vida. O desafio era grande. As bolas de papel amarrotadas à minha volta foram aumentando, rodeando-me de desenhos rabiscados, desafiando-me a olha-los de outra forma. O meu lixo iria experimentar-se, iria revelar-se e dar forma aos corpos das minhas novas personagens. “Let our trash get a live! The show must begin!” Rascunhos saltaram do chão, fechos e botões saltaram das gavetas, desperdícios de fios, amostras de peles e tecidos uniram-se e, num tornado mágico, envolveram o busto de diversas formas até a colecção terminar. O lixo do meu trabalho tinha sido a ferramenta principal para criar. Por entre sacos e sacos de tecidos, retalhos sorriam para mim pedindo para fazerem parte do festival cromático que iria cobrir as minhas personagens transparentes. Tiras de várias cores e materiais rodearam e enrolaram o aparente vazio, dando forma a “Mummy Dolls”.

A etnia tinha abraçado o romantismo com a mistura de rendas e outros materiais em formas geométricas, que rodeavam as curvas do corpo como músculos de pano. Em certas zonas, as composições ganhavam volume e realçavam faces e bonecas de pano adormecidas pelo tempo e pelo esquecimento. De repente, as gavetas abriram e explodiram fechos coloridos num fogo de artifício. Uma imensidão de fechos alinhados e de vários tamanhos invadiu calças de denim e outros quantos uniram-se construindo corpetes, saias e cintos. Amostras de peles foram meticulosamente separadas por tons e depois recortadas em pequenos triângulos de tamanho diferente, encaixados matematicamente no corpo, um a um. As peças formaram “patchworks” de assimetrias geométricas, construindo lenços, cintos e tops. Vestidos, saias e blusões intercalaram os triângulos de peles com veludo plástico rosa e cinzento. Gabardinas dupla face são avivadas com restos de fitas de vários tamanhos em azuis, rosas e roxos metálicos, colorindo geometricamente bainhas e golas. Botões cintilam em tons diferente, dispostos com ritmo nas frentes assertoadas e punhos. Sobras de franjas serpenteiam golas e carapuços, quebrando com o negro e a prata das bases.

Desperdícios de fios de vários tipos de lã formam malhas com riscas de várias texturas e tonalidades, criando casacos, camisolas, lenços e outros acessórios vanguarda. Pontos de malha fluorescente rematam as bainhas de rolo, assim como cós em aglomerados de diferentes tamanhos e cores. Entrançados diferentes de mistos de fios compõem golas volumosas. Num canto esquecido, estava um saco transparente com restos de franjas…. Talvez me tivesse esquecido de levar para o lixo? Pedaço aqui, pedaço acolá, formei padrões geométricos, jogando com as cores da franja para obter efeitos visuais em túnicas, tops e saias. Emaranhados de fios metálicos de diferentes texturas confundem-se com fios de seda em composições artísticas que aproveitam vários materiais de sobras. Em tons de prata e ouro, compõem-se manualmente entrançados de volume, numa verdadeira miscelânea de ninhos de fios e cruzamentos de fechos, peças metálicas, correntes e botões. Uma boneca espantalho pintou-se de tons preciosos, fazendo nascer uma “Chica Trash Doll”.

Napas prata jogam também com emaranhados de fechos e correntes em aberturas estratégicas, em calças e vestidos. Peças mais básicas fazem contraste de texturas opostas, aparecendo em chiffons ou organzas, em tons de coral e lilás, em combinação com malhas, ou em camisolas de gola alta e tops de tons verde e rosa, a contrastar com malhas metálicas. Sedas estampadas de nuances verdete e roxo vestem silhuetas fluidas de movimento, acompanhadas por acessórios em “patchworks” de peles. Os pretos negros ganham vida pelas texturas, jogando com blocos de cor em roxos, azuis e rosas. A explosão da cor em experimentação… O trabalho mágico de construções de cor em geometrias e miscelâneas. Os azuis petróleo unem-se aos verdes, beringelas e cinzentos e os rosas são acolhidos por vermelhos, laranjas, roxos, pretos e tons coral. As pratas fundem nos bronzes, ouro e chumbo. Uma fusão de tons, que mistura os tons do lixo do latão e das ferrugens de um ferro velho. A paixão pelos trapos invadiu-me agora, mais que nunca… “My trash trash me!”

 

CV

Rita Bonaparte conclui a sua formação em Design de Moda no IADE em 1999, ano em que efectuou um estágio intensivo na Paris American Academy. Passou também, enquanto estagiária, pelo atelier de Fátima Lopes e, posteriormente, de Ana Salazar, onde permaneceu durante dois anos. Em 2001, representou Portugal na Bienal de Sarajevo, no seguimento do 1º Prémio que obteve por duas vezes consecutivas no Concurso Jovens Criadores. Está presente no Portugal Fashion desde 2002, onde apresenta também, desde 2006, as colecções de calçado que desenvolve para a marca DKODE. Rita Bonaparte tem vindo a destacar-se na criação de fardamentos, com trabalhos desenvolvidos para o Instituto Nacional de Formação Turística, para a Sagres, bem como para os gestores dinamizadores do Programa Farol, promovido nas autarquias de todo o país.

 

Contactos

RITA BONAPARTE

Rua Padre Amaro nº278, 302 c, 2ºdto

4455-109 Lavra, Matosinhos

t./f. (+351) 309966985 | tlm. (+351) 966278156

e. comercial@ritabonaparte.com | w. www.ritabonaparte.com

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Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008
RITA BONAPARTE - Verão 2009

COLECÇÃO RITA MÃOS DE TESOURA

 

CV

Rita Bonaparte conclui a sua formação em Design de Moda no IADE em 1999, ano em que efectuou um estágio intensivo na Paris American Academy. Passou também, enquanto estagiária, pelo atelier de Fátima Lopes e, posteriormente, de Ana Salazar, onde permaneceu durante dois anos. Em 2001, representou Portugal na Bienal de Sarajevo, no seguimento do 1º Prémio que obteve por duas vezes consecutivas no Concurso Jovens Criadores.

Está presente no Portugal Fashion desde 2002, onde apresenta também, desde 2006, as colecções de calçado que desenvolve para a marca DKODE. Rita Bonaparte tem vindo a destacar-se na criação de fardamentos, com trabalhos desenvolvidos para o Instituto Nacional de Formação Turística, para a Sagres, bem como para os gestores dinamizadores do Programa Farol, promovido nas autarquias de todo o país.

 

Contacto

t./f. 309966985 

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e. comercial@ritabonaparte.com

w. www.ritabonaparte.com

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Segunda-feira, 10 de Março de 2008
RITA BONAPARTE

THE FOUR ELEMENTS

OUTONO/INVERNO 2008-09

 

Os quatro elementos da terra associam-se a sentimentos, emoções e estados de espírito que criam a essência do ser. A harmonia de dois mundos complexos - a natureza e o homem. As personagens deste novo sonho deixam-se vestir por pensamentos e sensações, formando silhuetas esguias de calores e fluidos, que se colam ao corpo, ou silhuetas de volumes, que deixam respirar a mente e abrem brechas para a luz interior irradiar e a criatividade andar a voar como uma pena sem destino numa nuvem de algodão.

 

O fogo invade os corpos com suas chamas mágicas de energia de amores, paixões e entusiasmo. Os corpos são cobertos por calores, que se embrulham em malhas de fitas de folhos de organza. Os cetins são invadidos por chamas insaciáveis de plissados, repletos de movimento. Labaredas de diferentes nuances de organza compõem texturas de remates queimados pelo lume, incendiando corpos nus de luz, cor, infinitos calores e infinitas sensações. Casacos envolvem como casulos de chamas, com mistura de lã prensada com tecido tecnológico, iluminando a caverna do coração com ondas brilhantes inflamáveis vermelhas, que consomem a lã áspera negra.

 

O ar liberta o espírito, deixando-o solto na brisa com a luz, o perfume e as vibrações. A alma transparente dança com fitas de voile e organza, que se unem em laçadas soltas e formam composições abstractas translúcidas, deixando passar os raios de luz. Organzas colam-se invisíveis como nuvens doces e fofas, com formas desenhadas por fios de xenil.

 

A advinha. As palavras esvoaçam no ar, com penas e fitas que bailam ao sabor do vento do mundo das ideias. Malhas e chiffons seguem o sopro das energias intelectuais. Casacos de veludo macio pairam como rosas voadoras em corpos invisíveis. Volumes de algodão palpitam em superfícies transparentes, peças que flutuam na delicadeza do movimento.

 

A terra cobre vestidos esbeltos de princesas de contos de fada, com malhas fofas mesclas, que se enrolam protectoras em formas femininas floreadas. Denims tecnológicos associam -se à beleza da natureza, com formas em volume de emaranhados de raízes, que trepam casacos, realçados por brilhos de ouro de sol. As calças colam-se no solo do corpo e exploram as curvas como ramos de árvores. Raízes de fios de lã caiem como mães guardiãs, dando a segurança materna na origem da essência do ser.

 

A água move -se, transforma sentimentos doces em sentimentos amargos como um camaleão. Congela a pureza, a graça com a frieza humana. É herói quando deseja apagar fogos ou cobarde quando escapa como vapor.

 

A calma de águas de reflexos de floresta é invadida pela agitação da água salgada. Glaciares de veludos gélidos escorregam em chiffons de estampados floridos. Organzas frias de cristais congelados cobrem rios de ondulações perfeitas de dégradés de azul luz e azul de águas profundas, em sedas changeants. Casacos iceberg de veludo negro pincelado a gelo prata imperam majestosos em mares gelados. Veludos molhados são cobertos por entrelaçados de emoções de amores e temores.

 

As cores pincelam-se no pensamento, com brancos de nuvem de algodão e off-whites transparentes. Vermelhos, laranjas e amarelos invadem negros profundos em sensações que aquecem o corpo adormecido. Azuis eléctricos misturam-se em ondas negras profundas de movimento, que mudam emoções puras com cinzentos gélidos carregados de frieza e amargura. Castanhos da terra penetram o coração, cobrindo-o de mil folhas verde musgo, salpicadas do ouro mais mágico - a segurança de uma mãe.

 

publicado por Equipa SAPO às 10:41
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