Criadores emergentes descobertos pelo Programa Aliança
Nesta 20ª edição, o Portugal Fashion vai organizar dois desfiles colectivos dedicados a talentos emergentes da moda portuguesa. O primeiro está agendado para sábado, 3 de Março, a partir das 16h00, e inclui jovens designers descobertos pelo Programa Aliança – Bárbara Silva, Elisabeth Teixeira, Ivo Calado, Pedro Pinto e Sónia Pratas – que já estiveram presentes em edições anteriores do Portugal Fashion, tendo o respectivo trabalho vindo a ser consolidado em passerelle e comercializado em showrooms.
Num segundo desfile colectivo, aprazado para domingo, 4 de Março, às 16h00, os primeiros classificados da última edição do Concurso de Design do Programa Aliança – Cristina Miguel, Diogo Miranda, Filipe Trindade e Tany Calapez – cumprem o segundo requisito do certame: depois de terem apresentado uma colecção Primavera/Verão no último Portugal Fashion, em Outubro de 2006, vão agora fazer subir à passerelle do CACE uma colecção Outono/Inverno.
Criado em 2004, o Programa Aliança é o instrumento institucional do Portugal Fashion para apoiar valores emergentes da moda portuguesa. Trata-se de uma iniciativa que proporciona a jovens criadores a oportunidade quer de apresentarem as suas colecções ao grande público, quer ainda de estabelecerem parcerias com a indústria têxtil. A passerelle do Portugal Fashion abre-se, portanto, ao talento de novos designers, cujas colecções são, por seu turno, produzidas em empresas de vestuário nacionais.
A selecção de jovens criadores para o Programa Aliança é realizada de duas formas: através de uma escolha directa, indo, neste caso, a preferência para designers que já actuam no mercado mas não têm ainda uma base sólida de afirmação; ou através de um concurso de design aberto a jovens entre os 18 e os 35 anos, residentes em Portugal e com formação académica nas áreas da moda, confecção e/ou design. Para concorrer é necessário apresentar um dossier reunindo o curriculum vitae, dez croquis e um texto explicando o conceito estético subjacente a cada um dos trabalhos.
O júri do concurso selecciona, numa primeira fase, dez candidatos e a estes dá indicações para produzirem um coordenado, cuja avaliação determinará os quatro vencedores finais. De referir que a apreciação dos participantes tem por base os seguintes critérios: tecidos e materiais propostos; criatividade aplicada nos coordenados; sentido comercial dos trabalhos apresentados; e potencial relação com a indústria têxtil e de vestuário.
Os primeiros classificados no concurso têm entrada directa na segunda fase do Programa Aliança, designada por «Parcerias com a Indústria». Esta etapa compreende um conjunto de benefícios, nomeadamente a já mencionada participação no Portugal Fashion, incentivos financeiros de apoio à criação e meios de divulgação das colecções.
A aposta em jovens criadores é, sem dúvida, um dos pilares da estratégia do Portugal Fashion. O evento da ANJE procura funcionar como alavanca de talentos emergentes, de forma a renovar o panorama da moda nacional, a facilitar a integração de novos designers no mercado de trabalho e a preencher lacunas que empresas do sector tenham ao nível do design. Para tanto, o Programa Aliança foi concebido, precisamente, com o propósito de dar aos jovens criadores a oportunidade de apresentarem as suas colecções ao grande público e estabelecerem parcerias com a indústria.
Ao lançar novas promessas, o Portugal Fashion está também a dinamizar todo o circuito da moda nacional. Mais criadores no mercado significa valor acrescentado para a produção têxtil e um volume maior de actividades promocionais em torno da moda (desfiles, showrooms, feiras, castings…), com tudo o que isso implica em termos de meios humanos (manequins, cabeleireiros, aderecistas, maquilhadores, técnicos de som e luz, fotógrafos…) e materiais.