De 16 a 18 de Outubro no Edifício da Alfândega do Porto
- O evento regressa à Invicta, instalando-se num dos edifícios mais emblemáticos da cidade
- Pela primeira vez, o programa integra propostas de joalharia e ourivesaria
- Dezassete desfiles de moda, nos quais participam mais de 40 criadores e marcas
- Colecções Primavera/Verão 2010 de Anabela Baldaque, Dielmar, Fátima Lopes, Felipe Oliveira Baptista, iD Values, Luís Onofre, Red Oak e Storytailors, entre outros nomes fortes
“Hot n’Cool” é o sugestivo tema do 25.º Portugal Fashion, evento que, entre 16 e 18 de Outubro, se propõe revelar as tendências de pronto-a-vestir, calçado, joalharia e ourivesaria para a estação quente de 2010. No Edifício da Alfândega do Porto está prevista a realização de 17 desfiles de moda (colectivos e individuais), nos quais participam mais de 40 criadores e marcas. Anabela Baldaque, Dielmar, Fátima Lopes, Felipe Oliveira Baptista, iD Values, Luís Onofre, Red Oak e Storytailors são alguns dos nomes que vão apresentar as suas novas colecções Primavera/Verão.
A grande novidade deste Portugal Fashion é a realização de um desfile consagrado exclusivamente à joalharia/ourivesaria, que se junta, no line up, aos habituais desfiles de pronto-a-vestir (criadores e marcas), calçado (criadores e marcas) e jovens criadores. A intenção é associar o design inovador da nossa joalharia/ourivesaria à modernidade das propostas dos estilistas nacionais, promovendo-se assim dois sectores fundamentais da Fileira Moda.
De resto, o desfile de joalharia/ourivesaria resulta de um protocolo de colaboração assinado, em Março último, durante o 24.º Portugal Fashion, entre a ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários), a ATP (Associação Têxtil e Vestuário de Portugal) e a AEP (Associação Empresarial de Portugal). O acordo visa a valorização conjunta do Portugal Fashion e da PortoJóia – Feira Internacional de Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria (organizada na Exponor pela AEP), tendo já sido realizado um desfile de moda na última edição do certame, em Setembro passado.
“O Portugal Fashion tem, desde a sua génese, um propósito de promoção da Fileira Moda nos seus múltiplos cambiantes, funcionando o evento como um pólo aglutinador e dinamizador de diferentes sectores. Pensamos que, com uma estratégia concertada entre os vários sectores da Fileira, será mais fácil criar uma identidade para a moda portuguesa, de forma a reforçar a sua competitividade nos mercados nacional e internacional”, considera o presidente da ANJE, Francisco Maria Balsemão.
Por conseguinte, acrescenta, “com o desfile de joalharia/ourivesaria, estamos a reforçar os princípios matriciais do projecto e a alargar os horizontes de um evento, o Portugal Fashion, que nunca escamoteou a sua vertente eminentemente comercial. Como é visível no programa desta edição, privilegiamos os criadores com uma maior vocação empresarial, as marcas de vestuário que se estão a impor no mercado, o calçado que se distingue pela aposta na inovação e no design e, claro, os jovens designers de quem se espera irreverência, experimentação, pioneirismo para renovar o panorama da moda nacional”, conclui Francisco Maria Balsemão.
REGRESSO AO PORTO
Outra das novidades do 25.º Portugal Fashion é o regresso ao Porto do evento, depois de quatro edições na outra margem do Douro, em Vila Nova de Gaia. Trata-se, aliás, de um duplo regresso, uma vez que o local escolhido para a realização dos 17 desfiles é o Edifício da Alfândega do Porto, que já acolheu o evento nas edições Primavera/Verão de 2001 e 2002.
“O regresso ao Porto é explicado pela predisposição que, ao longo da sua história, o Portugal Fashion sempre demonstrou para experimentar novos locais de realização dos seus desfiles”, adianta Francisco Maria Balsemão. “Temos uma grande apetência pela mudança e regressar a um edifício tão emblemático como a Alfândega acaba, de resto, por ser natural, pois, para além de edições transactas do Portugal Fashion, já aqui organizámos showrooms e outras iniciativas. É um edifício monumental, dos mais carismático da cidade e com excelentes equipamentos, pelo que seguramente vamos garantir aos participantes desta 25.ª edição boas condições para apresentarem as suas colecções”, acrescenta o mesmo responsável.
É, pois, no Porto que o evento vai dar expressão ao conceito “Hot n’Cool”, o qual remete para a sensualidade que envolve o Verão e para uma estética sofisticada, urbana, cosmopolita. Há, portanto, uma vontade de desafiar criadores e marcas a celebrarem a exaltação própria da estação quente, com propostas que sejam, pelo seu carácter vincadamente contemporâneo, susceptíveis de identificação por consumidores de todas as grandes metrópoles do mundo. Esta é também uma forma de assinalar a recuperação económica mundial e, subsequentemente, a centelha de esperança que já está a envolver os cidadãos. Faz sentido voltar a ser cool, quando o cinzento dos dias se esvanece para anunciar o Verão como única estação – metáfora perfeita de uma vida transbordante, plena de azul, luz, calor, sensualidade, harmonia.
O PUNK DE FELIPE OLIVEIRA BAPTISTA
O 25.º Portugal Fashion arranca na sexta-feira, dia 16, às 21h00, com o desfile colectivo de calçado, que uma vez mais é organizado em parceria com a APICCAPS – Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Peles e seus Sucedâneos. Depois das oito marcas (Atelier do Sapato, Dkode, Fly London, Goldmud, Nobrand, Stiletto, Y.E.S e Vírus Moda) apresentarem as suas novas colecções, o evento prossegue com as propostas Primavera/Verão 2010 de Anabela Baldaque. A estilista avança com a colecção intitulada “Uma Casa para a Alma”, que se assume como “um manifesto poético que se veste”. Ao nível cromático, predominam os tons rosa de várias intensidades, o azul noite e o pérola. A silhueta é volumosa, ajustando-se por vezes pelo uso de cintos. Sedas, algodões, tules e organzas dão corpo a coordenados onde avultam os vestidos com laços. A noite termina em grande com a irreverência de Felipe Oliveira Baptista, que, pela primeira vez, traz ao Portugal Fashion uma colecção de pronto-a-vestir – a mesma que exibiu, no final de Setembro, na Paris Fashion Week. Consagrado na alta-costura, o criador português radicado em França revela agora uma linha mais comercial “baseada na mistura de vários grupos identitários: majoretes, Harley-Davidson, punk, tailoring masculino e antiguidade grega. Remixados para criar um vestuário contemporâneo de luxo” e “uma silhueta urbana e precisa”, segundo Felipe Oliveira Baptista. Intitulada “The Undefeated”, a colecção integra peças em pele, popelina de lã, musselina de seda, jerseys de algodão e seda, bordados com motivos de majoretes, pormenores punk/rock e estampas fotográficas baseadas em estátuas gregas. Quanto às tonalidades, predominam os degradés de cinzento, o verde água, a cor de pele, o preto, a magenta, o verde pomme e o fucsia. Na passerelle pode ainda ser vista a linha de acessórios de Felipe Oliveira Baptista: malas, sapatos, chapéus e jóias. No sábado, dia 17, pelas 15h00, os jovens criadores Andreia Lobato, Celsus, Odete Barreiro e Tany Calapez participam num desfile colectivo, dando assim a conhecer novos horizontes para a moda portuguesa. Seguem-se os desfiles dos também jovens Diogo Miranda e Elisabeth Teixeira, para logo depois quatro marcas de vestuário (Celtic, Concreto, Orfama e Paula Borges) apresentarem, colectivamente, as suas propostas para a próxima estação quente. Por volta das 19h00, a dupla Storytailors revela as suas últimas criações sob a marca Narkë, antecedendo as sempre requintadas linhas de calçado de Luís Onofre. Já durante a noite, as marcas Red Oak e Dielmar preenchem a passerelle com a qualidade do pronto-a-vestir que as tem distinguido nos mercados nacional e internacional. Conhecida pelas suas produções de alta alfaiataria, a empresa de Castelo Branco propõe, para o próximo Verão, uma linha mais casual, remetendo para um “ambiente urbano e descontraído, mas quente e exótico. Influências culturais várias, onde a música e os ritmos sensuais se envolvem numa atmosfera de cores vivas, fortes e quentes de vermelhos e verdes, sobressaindo entre as cores mais sóbrias da paleta”, descreve a própria marca. “Silhueta masculina onde o formal se mistura com o casual, em materiais nobres como o linho, o algodão e as lãs frescas, complementados com sedas e caxemiras. Padrões simples em riscas finas para fatos ou xadrezes e espinhas em casacos de espírito sportswear”.
FÁTIMA LOPES COM LINHA FUTURISTA
Às 23h00, Fátima Lopes promete uma grande apoteose com a colecção recentemente apresentada na Paris Fashion Week e que foi recebida com entusiasmo nos meios especializados internacionais. A criadora trabalhou a partir da imagem de “um Verão aéreo, onde o vento mergulha nas peças da colecção para lhes conceder forma e amplitude”. Por isso, na colecção “Air”, a silhueta é “elegante, futurista, gráfica até, mas simultaneamente leve e voluptuosa”, explica Fátima Lopes que, nas propostas que apresenta para a próxima estação quente, brinca com sobreposições, volumes, transparências e pregas. O efeito fluido e vaporoso é alcançado graças à mistura de musselinas, rendas, cetim de seda, linho e tecido crepe. Numa colecção definida como “infinitamente feminina”, os degradés de rosa, amarelo, azul ou cinzento são utilizados de modo a fazer “lembrar o céu nas suas diferentes manifestações de humor”. No último dia, o Portugal Fashion arranca, às 15h00, com os desfiles duplos de Jordann Santos/Rita Bonaparte e Pedro Pinto/Sónia Pratas, seguidos das propostas do estilista que veste a primeira-dama Maria Cavaco Silva. Depois da estreia na edição transacta, Carlos Gil reincide no Portugal Fashion, desta feita com peças inspiradas no Médio Oriente. O estilista promete apresentar uma “colecção sensual, elegante, em que o glamour é visível através da harmonia entre o Oriente e o Ocidente, destacando-se um look forte. As sensações vividas das imagens do nascer e do pôr-do-sol do Médio Oriente são transportadas para a colecção, através da subtileza das sedas, aliadas aos degradés das cores, sobressaindo ainda as paillettes e os brilhos, que dão à mulher uma silhueta fluida, elegante e dum luxo equilibrado”. O último dia de Portugal Fashion encerra com a sofisticação da marca de vestuário masculino iD Values e com o já referido desfile colectivo de joalharia/ourivesaria, no qual participam dez marcas: Brijóia, Ca Jóias, Eugénio Campos, Link Illusion, LN Jóias, M&G Jewels, Ourival/Colecções Padovani, Ouropa, Oxette e Razza Jóias.
O Portugal Fashion é da responsabilidade da ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários, em parceria com a ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, e financiado pelo QREN, no âmbito do Programa Operacional Factores de Competitividade.
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