Dourados, vermelhos, castanhos e veludos esta foi a primeira parte do desfile de Luís Onofre que ofereceu aos espectadores do Portugal Fashion um exercício de virtuosismo sobre as variantes que as botas, botins, sapatos e malas podem ter.
O preto dominou, porém, a fase seguinte do desfile em toda a sua simplicidade e elegância.
Neste desfile, um que mais louvou a sensualidade da mulher, Luís Onofre fez desfilar as modelos apenas de casaco, botas e mala ao ombro.
Levando alguns conceitos ao extremo, o criador apresentou um malão vermelho de pele de crocodilo, uma mala tão pequena que apenas cabia o telemóvel (uma pequena obra de arte já que a corrente a tiracolo era feita de pequenos berloques pretos brilhantes) ou ainda umas botas de cano tão alto que passava em largos centímetros os joelhos.
Tendências? Essas são para todos os gostos, com excepção de um pormenor os sapatos este Outono/Inverno, segundo Luís Onofre querem-se altos, muito altos. Definitivamente não o ideal para as mulheres que gostam (e todas elas gostam) de calcorrear as lojas do Chiado.
Na sua mestria, o criador apresentou algumas variações de um mesmo conceito: pequenas correntes douradas que podiam ligar o tornozelo ao salto agulha ou percorrer o cano alto de uma bota. E porque a moda é feita de pormenores, Luís Onofre encontrou forma de replicar algumas aplicações das botas em braceletes ou gargantilhas.
Pelas reacções do público feminino, as botas têm sucesso garantido. E não apenas em Portugal já que Luís Onofre tem agentes comerciais a representar a sua marca em França, Alemanha, Grécia, Holanda, Itália, Dinamarca, Suécia, Noruega, EUA, Israel e Canadá.
E nem mesmo a vizinha Espanha fica indiferente à sua arte. A princesa Letizia Ortiz foi calçada pelo estilista português nas suas três primeiras apresentações oficiais.